quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Pensando nos papais....

O parto não é só um marco na vida da mãe e do bebê, tb é um marco na vida do pai...

Se o pai estiver junto com a mãe neste momento seria perfeito!!

Isso já é lei, mas muitas maternidades não cumprem.

Então segue aqui a lei, para que você mãe e pai possam fazer valer o seu direito!!



Presidência da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos Jurídicos
LEI Nº 11.108, DE 7 DE ABRIL DE 2005.
Mensagem de veto
Altera a Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, para garantir às parturientes o direito à presença de acompanhante durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS.
O VICE PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no exercício do cargo de PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o O Título II "Do Sistema Único de Saúde" da Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, passa a vigorar acrescido do seguinte Capítulo VII "Do Subsistema de Acompanhamento durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato", e dos arts. 19-J e 19-L:
"CAPÍTULO VII
DO SUBSISTEMA DE ACOMPANHAMENTO DURANTE O TRABALHO DE PARTO, PARTO E PÓS-PARTO IMEDIATO
Art. 19-J. Os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde - SUS, da rede própria ou conveniada, ficam obrigados a permitir a presença, junto à parturiente, de 1 (um) acompanhante durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato.
§ 1o O acompanhante de que trata o caput deste artigo será indicado pela parturiente.
§ 2o As ações destinadas a viabilizar o pleno exercício dos direitos de que trata este artigo constarão do regulamento da lei, a ser elaborado pelo órgão competente do Poder Executivo.
Art. 19-L. (VETADO)"
Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 7 de abril de 2005; 184o da Independência e 117o da República.
JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVALuiz Paulo Teles Ferreira BarretoHumberto Sérgio Costa Lima
Publicação do Diário OficialEdição Número 233 de 06/12/2005 Ministério da SaúdeGabinete do MinistroPORTARIA N o 2.418, DE 2 DE DEZEMBRO DE 2005 Regulamenta, em conformidade com o art. 1º da Lei nº 11.108, de 7 de abril de 2005, a presença de acompanhante para mulheres em trabalho de parto, parto e pós-parto imediato nos hospitais públicos e conveniados com o Sistema Único de Saúde - SUS. O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso de suas atribuições, e Considerando o Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento que visa assegurar a melhoria do acesso, da cobertura e da qualidade do acompanhamento pré-natal, da assistência ao parto e ao puerpério às gestantes e ao recém-nascido, na perspectiva dos direitos de cidadania; Considerando que vários estudos da medicina baseados em evidências científicas apontam que o acompanhamento da parturiente reduz a duração do trabalho de parto, o uso de medicações para alívio da dor e o número de cesáreas, a depressão pós-parto e se constitui em apoio para amamentação; e Considerando a Lei nº 11.108, de 7 de abril de 2005, que altera a Lei n o 8.080, de 19 de setembro de 1990, para garantir às parturientes o direito à presença de acompanhante durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS, resolve: Art. 1º Regulamentar, em conformidade com o art. 1º da Lei nº 11.108, de 7 de abril de 2005, a presença de acompanhante para mulheres em trabalho de parto, parto e pós-parto imediato nos hospitais públicos e conveniados com o Sistema Único de Saúde - SUS. § 1º Para efeito desta Portaria entende-se o pós-parto imediato como o período que abrange 10 dias após o parto, salvo intercorrências, a critério médico. § 2º Fica autorizada ao prestador de serviços a cobrança, de acordo com as tabelas do SUS, das despesas previstas com acompanhante no trabalho de parto, parto e pós-parto imediato, cabendo ao gestor a devida formalização dessa autorização de cobrança na Autorização de Internação Hospitalar - AIH. § 3º No valor da diária de acompanhante, estão incluídos a acomodação adequada e o fornecimento das principais refeições. Art. 2º Os hospitais públicos e conveniados com o SUS têm prazo de 6 (seis) meses para tomar as providências necessárias ao atendimento do disposto nesta Portaria.
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.


Feliz dia dos pais!!

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Direito ao Parto Normal

Gestantes poderão exigir mais benefícios em maternidades!!

Hospitais da rede pública e privada têm até dezembro para se adaptar


Humanizar agora é lei. Quem optar pelo parto normal no Sistema Público de Saúde (SP) vai ter a possibilidade de exigir um padrão de atendimento que já é oferecido na maior parte das maternidades particulares.

A gestante terá a garantia, antes, durante e depois do nascimento, a um quarto específico para esse procedimento, com leito e banheiro anexo.

A meta é humanizar o parto e reduzir o número de cesáreas.

Durante o evento, realizado nesta terça-feira (22) de manhã, o ministro da Saúde José Gomes Temporão destacou que o país vive uma “epidemia de cesarianas”. “Na medida que você proporciona privacidade à mãe durante o trabalho de parto, você dá a ela mais condições para optar pelo parto normal e para ter um acompanhante.

Outra contribuição refere-se à amamentação. Existem indícios de que a mãe que amamenta logo após o parto tem mais chances de permanecer amamentando”, diz Eduardo Vieira da Motta, ginecologista e obstetra do Hospital Israelita Albert Einstein (SP).

As novas normas de funcionamento estão previstas pela resolução nº 33 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Elas são válidas tanto para o setor privado quanto para o público e passam a valer em dezembro deste ano. Para Vieira, a iniciativa é louvável, mas o prazo é muito curto para uma adaptação arquitetônica tão importante. “Nas maternidades particulares o impacto não vai ser tão grande. Já se faz esse tipo de atendimento. Mas na rede pública a carência é enorme. É pedir para uma lei não ser bem recebida”, afirma.

fonte Crescer

Gestantes, cada uma tem que fazer o seu direito valer a pena! Exija o atendimento que você merece, se não tiver reclame!! Faça a sua parte para um nascimento mais humanizado!!

Até a próxima!

sábado, 28 de junho de 2008

Pensando em engravidar?


Então conheça alguns cuidados que se deve ter antes de começar as tentativas!

No mínimo, quatro meses antes, a mulher deve procurar um médico e fazer um exame clínico geral para detectar a presença de alguma patologia associada (problemas cardíacos, renais, hepáticos) que possa prejudicar a gravidez.

Além desse, deve fazer exame ginecológico completo, o preventivo de câncer de colo de útero, ultra-sonografia dos órgãos genitais e, dependendo da idade, ultra-sonografia e/ou mamografia para estudar as condições das mamas. São pedidos também exame de urina tipo I, porque a infecção urinária pode provocar aborto e óbito fetal, exame parasitológico de fezes, grupo sangüíneo e RH para verificar a compatibilidade do sangue e hemograma completo porque, se for detectada anemia ou qualquer outra enfermidade associada ao sangue, é preciso tratar antes que a mulher engravide.

Outro exame importante é o de glicose, visto que o diabetes pode complicar muito a gravidez, especialmente no último trimestre.Ainda fazem parte dessa avaliação inicial as reações sorológicas para sífilis, AIDS, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, pesquisa de hepatites e, se necessário, o exame de Mantoux ou PPD para tuberculose.

Fazendo os exames com 4 meses antes por exemplo, se não estiver imune para a rubéola ou hepatite B, por exemplo, haverá tempo hábil para proceder a imunização.

E se você engravidou antes de fazer todos esses exames?

Calma! Serão pedidos os mesmos exames, porque algumas doenças podem ser tratadas. Por exemplo: até o quinto mês, há tempo para tratar, e até para curar, toxoplasmose, citomegalovírus ou sífilis, a fim de diminuir, amenizar ou evitar problemas para o feto. No primeiro trimestre da gravidez, rubéola pode causar grandes transtornos, porque o vírus é ávido por tecido embrionário. Do quarto mês em diante, o risco diminui.

De qualquer forma o pré natal deve ser feito desde o momento que se descobriu a gravidez e para quem gosta de planejar tudo o pré natal deve começar 4 meses antes de se iniciar as tentativas!

Boa sorte!!

Beijos

sexta-feira, 9 de maio de 2008

País vive epidemia de cesarianas, diz Temporão


O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou que o País vive uma "epidemia" de cesarianas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que apenas 15% dos partos sejam realizados com intervenção cirúrgica porcentagem referente aos partos de risco, aqueles em que a cesárea é indispensável. A média no Brasil é de 43% de cesarianas e entre as mulheres que utilizam planos de saúde esse índice chega a 80%.
"Estamos muito distantes do que seria o razoável. Eu poderia afirmar que o Brasil é um dos países em que mais se pratica esse tipo de cirurgia", afirmou.

No próximo domingo, Dia das Mães, o Ministério da Saúde começará uma campanha para incentivar as mulheres a fazer parto normal. A intenção é diminuir o alto número de cesarianas desnecessárias realizadas anualmente no Brasil. Voltada para gestantes, familiares e médicos, a Campanha de Incentivo ao Parto Normal será veiculada no rádio, na televisão, Internet e outros meios de comunicação até 2010.

Temporão disse também que o Sistema Único de Saúde (SUS) estuda como remunerar melhor os médicos pelo parto normal, para que o fator econômico não seja empecilho para esse tipo de procedimento. No SUS, a média de cesáreas é de 26%.

O alto índice de partos realizados com intervenção cirúrgica provoca vários problemas de saúde para a mãe, porque aumenta o risco de hemorragias e infecções. Para os bebês a situação não é diferente. O parto antecipado como ocorre na maioria das cesarianas resulta em problemas respiratórios e internação em UTI neonatal.

"No parto natural o bebê pode ser imediatamente acolhido e ter vínculo com a mãe. E não há nada melhor para fortalecer o sistema imunológico da criança que afeto e carinho", explica Adson França, diretor do Departamento de Ações Estratégicas do Ministério da Saúde.

Segundo ele, as infecções causadas pelo parto são a terceira maior causa de morte dos recém-nascidos e elas acontecem muito mais em partos cirúrgicos. "Com a cesariana, o bebê é separado da mãe a princípio. Quando o aleitamento é iniciado o mais rápido possível, aumenta as defesas da criança e diminui o risco de diarréia, que é uma das causas também destacadas de óbito", explica.
Pense bem sobre o tipo de parto que deseja ter, converse com seu médico e principalmente informe-se!
Beijo grande!

quinta-feira, 27 de março de 2008

Cesárea

Hoje vou falar um pouco sobre a cesareana, uma cirurgia usada tão comumente e muita gente não sabe que é uma cirurgia de médio/grande porte, não é uma "coisa banal", mesmo com toda a tecnologia, a cesárea tem seus riscos, tanto para a mãe quanto para o bebê.

Alguns médicos tem opnião formada sobre o assunto, o Dr. César Miranda, obstetra, médico do Ministério da Saúde, e parteiro, adverte que a desinformação é a maior causa de uma escolha errada com relação ao tipo de parto. A ela se alia a mudança de perfil da mãe nas últimas décadas. “Nos anos 70, a mulher era apenas mãe e dona de casa. Hoje os objetivos são outros. Ser mãe não é mais a prioridade e muitas mulheres engravidam tarde, depois de se estabilizarem na profissão. Essas mulheres, mais práticas, se afastam do parto normal, que é artesanal. Preferem a cesárea porque são mais velhas ou por medo da dor”, diz o médico.

Muitas vezes a cesárea é necessária para o sucesso de nove meses de espera e a única solução para salvar a vida da mãe e do bebê. A vantagem da cesárea é a possibilidade de retirar o feto no momento certo, com rapidez, quando existem dificuldades para o nascimento pelas vias normais, em casos de hipertensão, pré-eclampsia, diabetes gestacional, insuficiência placentária, problemas do coração e rim. A grande crítica é que ela é excessivamente usada, em alguns casos, sem necessidade, porque o tempo de espera até o nascimento é menor (um parto normal pode durar até 10 horas, enquanto a cesárea dura, em média, 40 minutos). A falta de informação também leva a mãe a acreditar que é um parto indolor, mas a recuperação é mais lenta e dolorosa que o parto normal. Os pontos não caem sozinhos (precisam ser removidos no consultório do ginecologista), há risco de infecção e os recém-nascidos podem ter problemas respiratórios. Além disso, apresenta de 7 a 20 vezes mais chance de infecções e complicações para a mãe, que o parto normal.

O Brasil é um dos líderes em cesarianas no mundo. O índice recomendado pela Organização Mundial de Saúde é de até 15% de cesáreas do total de partos. Dados da Agência Nacional de Saúde, de 2006, mostram que em 79% dos nossos hospitais privados a opção é pela cesariana. Nos hospitais públicos, a média é de 28% (22% no Norte e Nordeste, 32% no Sudeste, Sul e Centro-Oeste).

Na cesárea, primeiramente é realizada a anestesia, para que a mulher não sinta nada da cintura para baixo, após a anestesia, o médico corta sete camadas de tecido até chegar ao útero e, através de uma incisão de 10 cm, alargada por um instrumento especial, ele retira a criança, corta o cordão umbilical e limpa a cavidade uterina.
Então o bebê é encaminhado à sala de reanimação e recebe os primeiros cuidados, o médico faz as suturas no caminho inverso, utilizando fios absorvíveis. Somente o pequeno corte na pele é suturado com fios de nylon, que serão retirados depois do parto no consultorio do obstetra.

Em seguida coloco um slide show muito interessante de uma cesareana, o slide show foi feito pelo grupo Bem Nascer.



Recomendo alguns videos do site: http://www.planetabebe.com.br/contents/videos/html/cesarea.htm#parte1a

Mas são videos fortes, não recomendo para pessoas sensíveis, embora algumas cenas tenham sido cortadas, são cenas de uma cesárea reais.

Na minha opinião a mulher deve conhecer muito bem cada lado da moeda, os pros e os contras de cada tipo de parto e fazer a opção por ela mesma. Não se deve deixar levar pelo que o médico diz e nem pelo que as outras pessoas dizem.

É isso ai, até a próxima!

Beijos


sábado, 22 de março de 2008

Recomendações da OMS (Organização Mundial de Saúde) no atendimento ao parto normal


A Organização Mundial da Saúde (OMS) desenvolveu uma classificação das práticas comuns na condução do parto normal, orientando para o que deve e o que não deve ser feito no processo do parto. Esta classificação foi baseada em evidencias científicas concluídas através de pesquisas feitas no mundo todo.
CATEGORIA A:
PRÁTICAS DEMONSTRADAMENTE ÚTEIS E QUE DEVEM SER ESTIMULADAS:

· Plano individual determinando onde e por quem o nascimento será realizado, feito em conjunto com a mulher durante a gestação e comunicado a seu marido/companheiro e, se aplicável, a sua família;
· Avaliação do risco gestacional durante o pré-natal, reavaliado a cada contato com o sistema de saúde e no momento do primeiro contato com o prestador de serviços durante o trabalho de parto, e ao longo deste último;
· Monitoramento do bem-estar físico e emocional da mulher durante trabalho e parto e ao término do processo de nascimento;
· Oferta de líquidos por via oral durante o trabalho de parto e parto;
· Respeito à escolha da mãe sobre o local do parto, após ter recebido informações;
· Fornecimento de assistência obstétrica no nível mais periférico onde o parto for viável e seguro e onde a mulher se sentir segura e confiante;
· Respeito ao direito da mulher à privacidade no local do parto;
· Apoio empático pelos prestadores de serviço durante o trabalho de parto e parto;
· Respeito à escolha da mulher sobre seus acompanhantes durante o trabalho de parto e parto;
· Fornecimento às mulheres sobre todas as informações e explicações que desejarem;
· Métodos não invasivos e não farmacológicos de alívio da dor, como massagem e técnicas de relaxamento, durante o trabalho de parto;
· Monitoramento fetal por meio de ausculta intermitente;
· Uso de materiais descartáveis apenas uma vez e descontaminação adequada de materiais reutilizáveis, durante todo o trabalho de parto e parto;
· Uso de luvas no exame vaginal, durante o parto do bebê e no manuseio da placenta;
· Liberdade de posição e movimento durante o trabalho de parto;
· Estímulo a posições não supinas durante o trabalho de parto;
· Monitoramento cuidadoso do progresso do parto, por exemplo por meio do uso do partograma da OMS;
· Administração profilática de ocitocina no terceiro estágio do parto em mulheres com risco de hemorragia no pós-parto, ou que correm perigo em conseqüência da perda de até uma pequena quantidade de sangue;
· Condições estéreis ao cortar o cordão;
· Prevenção da hipotermia do bebê;
· Contato cutâneo direto precoce entre mãe e filho e apoio ao início da amamentação na primeira hora após o parto, segundo as diretrizes da OMS sobre aleitamento materno;
· Exame rotineiro da placenta e membranas ovulares;
CATEGORIA B:
PRÁTICAS CLARAMENTE PREJUDICIAIS OU INEFICAZES E QUE DEVEM SER ELIMINADAS:

· Uso rotineiro de enema; (lavagem intestinal)
· Uso rotineiro de tricotomia; (raspagem dos pelos)
· Infusão intravenosa de rotina no trabalho de parto; (soro)
· Cateterização venosa profilática de rotina;
· Uso rotineiro de posição supina (decúbito dorsal) durante o trabalho de parto;(ficar deitada)
· Exame retal;
· Uso de pelvimetria por Raios-X;
· Administração de ocitócitos em qualquer momento antes do parto de um modo que não permite controlar seus efeitos;(ocitocina no soro)
· Uso de rotina da posição de litotomia com ou sem estribos durante o trabalho de parto;(deixar a parturiente deitada)
· Esforço de puxo prolongados e dirigidos (manobra de Valsalva) durante o 2º estágio do trabalho de parto; (pedir para a parturiente fazer força)
· Massagem e distensão do períneo durante o 2º estágio do trabalho de parto;
· Uso de comprimidos orais de ergometrina no 3º estágio do trabalho de parto, com o objetivo de evitar ou controlar hemorragias;
· Uso rotineiro de ergometrina parenteral no 3º estágio do trabalho de parto;
· Lavagem uterina rotineira após o parto;
· Revisão uterina (exploração manual) rotineira após o parto;


CATEGORIA C:
PRÁTICAS EM RELAÇÃO AS QUAIS NÃO EXISTEM EVIDÊNCIAS SUFICIENTES PARA APOIAR UMA RECOMENDAÇÃO CLARA E QUE DEVEM SER UTILIZADAS COM CAUTELA ATÉ QUE MAIS PESQUISAS ESCLAREÇAM A QUESTÃO:

· Métodos não farmacológicos de alívio de dor durante o trabalho parto, como ervas, imersão em águas e estimulação dos nervos;
· Amniotomia precoce de rotina no primeiro estágio do trabalho de parto;
· Pressão do fundo durante o trabalho de parto;
· Manobras relacionadas à proteção do períneo e ao manejo do pólo cefálico no momento do parto;
· Manipulação ativa do feto no momento do parto;
· Uso rotineiro de ocitocina de rotina, tração controlada do cordão, ou sua combinação durante o 3º estágio do trabalho de parto;
· Clampeamento precoce do cordão umbilical;
· Estimulação do mamilo para estimular as contratilidades uterina durante o 3º estágio do trabalho de parto.


CATEGORIA D:
PRÁTICAS FREQUENTEMENTE USADAS DE MODO INADEQUADO:

· Restrição hídrica e alimentar durante o trabalho de parto; (deixar a parturiente em jejum)
· Controle da dor por agentes sistêmicos;
· Controle da dor por analgesia peridural;
· Monitoramento eletrônico fetal;
· Uso de máscaras e aventais estéreis durante a assistência ao trabalho de parto;
· exames vaginais repetidos ou freqüentes, especialmente por mais de um prestador de serviço;
· Correção da dinâmica com utilização de ocitocina;
· Transferência rotineira da parturiente para outra sala no início do segundo estágio do trabalho de parto;
· Cateterização da bexiga;
· Estímulo para o puxo quando se diagnostica dilatação cervical completa ou quase completa, antes que a mulher sinta o puxo involuntário;
· Adesão rígida a uma duração estipulada do 2º estágio do trabalho de parto, como por exemplo uma hora, se as condições da mãe e do feto forem boas e se houver progressão do trabalho de parto;
· Parto operatório; (cesarea)
· Uso liberal e rotineiro de episiotomia;
· Exploração manual do útero após o parto.
Você pode e deve conversar com o seu médico, é seu direito parir da maneira que você se sente melhor! Curta seu parto, ele é um momento unico e inesquecivel!
Beijos e até a proxima

quarta-feira, 5 de março de 2008

Dar a Teta é dar a Vida!

Muitas vezes navego no you tube... tem videos muito interessantes lá... como este aqui que fala da importancia da amamentação...

Todos já sabemos que os bebês devem ser alimentados exclusivamente ao seio nos seis primeiros meses de vida (não precisa nem água ou chazinhos). Mas a amamentação traz também grandes benefícios para os bebês após os seis meses!


Segundo a Organização Mundial de Saúde os bebês deveriam ser amamentados, com complemento, no mínimo até o 2º ano de vida. Os benefícios da amamentação continuam mesmo para crianças maiores.

Mas, a amamentação, não traz benefícios apenas para o bebê. É muito importante também para a mulher, a família e até para o planeta!

Vantagens para o bebê


De uma forma geral, as crianças que mamam no peito são mais inteligentes. Um estudo feito na Nova Zelândia, durante 18 anos, com mais de 1.000 crianças provou que aquelas que foram amamentadas eram mais inteligentes e tinham maior sucesso na escola e universidade. (Horwood and Fergusson, "Breastfeeding and Later Cognitive and Academic Outcomes", Jan 1998 Pediatrics Vol. 101, No. 1).


Todos os bebês precisam de afago. Inúmeras pesquisas mostram que bebês que não tiveram contato físico tem maior risco de adoecer e até de morrer. Na amamentação, o contato físico é maior e proporciona a mãe e bebê um momento de proximidade diária. Essa ligação emocional muito forte e precoce pode facilitar o desenvolvimento da criança e seu relacionamento com outras pessoas. Mesmo com boas intenções, pais que dão mamadeira têm a tendência de deixar a criança se alimentando sozinhas (especialmente os bebês maiores), além da falta de contato físico, a criança pode se engasgar ou ter outros problemas.


O desenvolvimento psicomotor e social dos bebês amamentados é claramente melhor e resulta, na idade de um ano, em vantagens significantes. (Baumgartner, C.,"Psychomotor and Social Development of BreastFed and Bottle Fed babies During their First year of Life". Acta Paediatrica Hungarica, 1984)


Leite materno contém endorfina, substância química que ajuda a suprimir a dor. É uma boa idéia amamentar o bebê logo após ele ser vacinado. Ajuda a superar a dor e o leite materno também reforça a eficiência da vacina.


O leite materno, contém todos os nutrientes de que a criança precisa nos primeiros seis meses de vida:
Tem água em quantidade suficiente, mesmo em clima quente e seco o bebê que apenas mama no seio não precisa nem mesmo de água!
Contém proteína e gordura mais adequadas para a criança e na quantidade certa;
Também tem mais lactose (açúcar do leite) do que os outros leites;
Vitaminas em quantidades suficientes. Não há necessidade de suplementos vitamínicos;Tem ferro em quantidade suficiente. Não há grande quantidade de ferro, mas ele é bem absorvido no intestino da criança;
Quantidades adequadas de sais, cálcio e fósforo;
Uma enzima especial (lipase) que digere gorduras, por isso o leite não é "pesado" como outros. O leite materno é facilmente digerido e absorvido. A criança em aleitamento materno exclusivo pode querer uma nova mamada em intervalo menor do que aquela que está tomando mamadeira.


Crianças que tomam mamadeira têm maior risco de obesidade na vida adulta.


Crianças em aleitamento materno exclusivo, têm menos quadros infecciosos porque o leite materno é estéril, isento de bactérias e contém fatores anti-infecciosos que incluem:
Células brancas vivas (leucócitos) que matam as bactérias;
Anticorpos (imunoglobinas contra muitas das infecções mais comuns. Isto ajuda a proteger a criança até que ela comece a produzir seus próprios anticorpos. Se a mãe tiver uma infecção, anticorpos logo aparecerão em seu leite;
Uma substância chamada fator bífido que facilita o crescimento de uma bactéria especial (Lactobacíllus bifidus), no intestino da criança. Essa bactéria impede que outras cresçam e causem diarréia;
Lactoferrina que se associa ao ferro, impede o crescimento de bactérias patogênicas que precisam deste nutriente.


O leite de vaca, também contém fatores imunológicos de ótima qualidade, mas para o bezerro. Esses fatores só funcionam para a própria espécie, ou seja, não vale de um animal para outro de espécie diferente. Contudo, alguns desses fatores até poderiam funcionar, mas eles são destruídos pela armazenagem e pela fervura do leite.


Nos bebês, o ato de sugar o seio é importante para o desenvolvimento das mandíbulas. Bebês que mamam têm de usar 60 vezes mais energia para conseguir o alimento que aqueles que tomama mamadeira. Como as mandíbulas são músculos esses são excelentes exercícios que proporcionam o crescimento saudável de mandíbulas bem formadas. Entre as crianças, quanto maior o período de amamentação, menor o risco de má-oclusão.


Por outro lado, a mamadeira com açúcar, especialmente as oferecidas à noite, é causadora de cáries precoces.


Dificuldades de fala e com a língua são freqüentes em bebês alimentados com mamadeira porque eles tentam fazer com que o leite flua de um bico artificial. Pode levar a problemas de fala, assim como a respirar pela boca, morder os lábios, entre outros.


Crianças alimentadas com mamadeira têm maior risco de desenvolver alergias. Essa questão é particularmente importante no caso de famílias com histórico de asma e outras doenças alérgicas.


Otitie média é 3-4 vezes mais comum entre as crianças alimentadas com mamadeira que as alimentadas ao seio.


Crianças alimentadas artificialmente têm maior risco de desenvolver certos linfomas. (Davis MK, Savitz DA, Graubard BI. "Infant feeding and childhood cancer." Lancet. 1988;2:365-368 e Shu X-O, Clemens H, Zheng W, et al. "Infant breastfeeding and the risk of childhood lymphoma and leukaemia". Int J Epidemiol.1995;24:27-32)


Bebês prematuros são especialmente beneficiados com a amamentação. "O leite produzido pelas mulheres que tiveram bebês prematuros são diferentes do leite das mulheres que tiveram toda a gestação. Especificamente, durante o primeiro mês pós-parto, o leite de mães de bebês prematuros mantém a composição similar ao colostro - que é um leite muito mais forte ("Hamosh, Margit, PhD, Georgetown University Medical Center "Breast-feeding: Unraveling the Mysteries of Mother's Milk".)


Os bebês amamentados têm menor risco de contrair enterecolite necrotizante. (Lucas A, Cole TJ. "Breast milk and neonatal necrotizing enterocolitis." Lancet. 1990; 336:519-1523)


Os resultados de uma pesquisa na Finlândia sugerem que a introdução de leites de vaca muito cedo aumenta o risco da criança desenvolver diabete do tipo I (juvenil, insulina-dependente) (Virtanen et al: "Diet, Cow's milk protein antibodies and the risk of IDDM in Finnish children." Childhood Diabetes in Finland Study Group. Diabetologia, Apr 1994, 37(4):381-7)


Dados preliminares da Universidade de North Carolina/Duke University indicam que crianças amamentadas tiveram menos risco de contrair artrite juvenil ("Mother's Milk: An Ounce of Prevention?" Arthritis Today May-June 1994)


A falta de amamentação está sendo associada com o aumento na incidência de esclerose múltipla. (Dick, G. "The Etiology of Multiple Sclerosis." Proc Roy Soc Med - 1989;69;611-5)


Amamentação protege o bebê contra problemas de visão. Um estudo em Bangladdesh mostrou que a amamentação foi um fator importante de proteção para cegueira noturna entre crianças na idade pré-escolar nas áreas rurais e urbanas. O leite materno é, em geral, a maior, se não única, fonte de vitamina A nos primeiros 24 meses de vida (ou durante o período de amamentação). (Birch E, et al. "Breastfeeding and optimal visual development." J Pediatr Ophthalmol Strabismus 1993;30:33-8 e Bloem, M. et al. "The role of universal distribution of vitamin A capsules in combatting vitamin A deficiency in Bangladesh.: Am J Epidemiol 1995; 142(8): 843-55)


Leite materno não contém materiais modificados genéticamente. A maioria dos consumidores não sabe o que está comendo e cada vez mais utiliza-se transgênicos, que não estão sendo devidamente controlados no Brasil. Em pesquisa feita nos EUA com leites de soja : Alsoy, Similac, Neocare, Isomil and Enfamil Prosobee, todos continham modificação genética. ("Biotechnology's Bounty", M.Burros, N.Y. Times 05/21/97)


Vantagens para a mãe


A mãe que amamenta se sente mais segura e menos ansiosa. Não existe nada melhor que olhar um bebê de cinco meses de idade e saber que toda a nutrição que ele precisa vem de você!
Proporciona mais rapidez na diminuição do volume do útero e evita a hemorragia no pós-parto, uma das principais causas de mortalidade materna, no Brasil. o A amamentação estimula a produção de oxitocina, que estimula as contrações que vão diminuir o tamanho do útero e expulsar a placenta. Essas contrações também agem nos vasos sanguíneos da mulher diminuindo o sangramento.


A mulher que amamenta tem menos risco de contrair câncer de mama;o Segundo pesquisas, se todas as mulheres que não amamentaram ou amamentaram menos de 3 meses tivessem amaentado por 4 a 12 meses, o cancer de mama entre mulheres na pré-menopausa poderia ser reduzido em 11 por cento, julgando as taxas atuais. Se todas as mulheres amamentassem por 24 meses ou mais, essa incidência seria reduzida em quase 25 por cento!o Mulheres que foram amamentadas, quando crianças, mesmo que apenas por um tempo curto, tiveram um risco 25% mais baixo de desenvolver o cancer de mama do que as mulheres que tomaram mamadeira. (Freudenheim, J. et al. 1994 "Exposure to breast milk in infancy and the risk of breast cancer". Epidemiology 5:324-331)


A amamentação exclusiva protege contra anemia (deficiência de ferro). Já que as mulheres amamentando exclusivamente demoram mais tempo para menstruar, seu "estoque" de ferro não é diminuido com sangramento mensal;


A amamentação diminui o risco de osteosporose na vida madura. A incidência de mulheres com osteosporose não amamentaram foi 4 vezes maior (Blaauw, R. et al. "Risk factors for development of osteoporosis in a South African population." SAMJ 1994; 84:328-32;


Amamentação diminui a necessidade de insulina entre as mulheres que estão dando o seio ao bebê. A redução na dose de insulina no pós-parto foi significante maior entre as mulheres que amamentavam do que as que davam mamadeira. (Davies, H.A., "Insulin Requirements of Diabetic Women who Breast Feed." British Medical Journal, 1989;


A amamentação estabiliza o progresso de endometriose materna. Não amamentar aumenta o risco de desenvolver câncer de ovário e câncer endometrial. (Rosenblatt KA, Thomas DB, "WHO Collaborative Study of Neoplasia and Steroid Contraceptives". Int J Epidemiol. 1993;22:192-197 e Schneider, A.P. "Risk Factor for Ovarian Cancer". New England Journal of Medicine, 1987).

Amamentar ajuda a mulher voltar ao peso normal mais rapidamente;


Amamentar é muito prático! Após o período inicial, de adaptação, fica muito mais tranquilo. Observe mulheres que amamentam bebês maiores. Tudo que você precisa é levantar a blusa e dar o peito para o bebê. Não precisa sair pra comprar leites e mamadeira, não precisa ferver o equipamento, esquentar leite, mexer, etc. Se você dormir com o bebê na mesma cama, não precisa levantar pra preparar a comida, basta tirar o peito e colocar perto do nenem. Ele faz o resto.


O leite materno está sempre na temperatura ideal, não precisa se preocupar se está frio ou vai queimar a boquinha do nenem! Além do mais nunca azeda ou estraga na mama.


Vantagens para a família


A amamentação é mais econômica para a família. No Brasil, um bebê pode custar metade de um salário mínimo por mês (incluindo mamadeiras, bicos, leites infantis, complemento, gás, remédios etc.);


Como os bebês amamentados adoecem menos, os pais desses bebês têm menos problemas cuidando de crianças doentes, isso significa mais tempo para toda a família;


Melhora a qualidade de vida das crianças e de toda a família.


Vantagens para o planeta


Amamentar é um Ato Ecológico! Se cada mulher dos EUA desse mamadeira ao seu bebê, seria preciso quase 86,000 toneladas de alumínio para produzir 550 milhões de latas por ano. Se cada mulher da Inglaterra amamentasse, seriam economizados 3000 toneladas de papel para os rótulos dos leites infantis.


Mas o leite não é o único problema. mamadeiras e bicos são feitos de plástico, vidro, borracha e silicone.A produção desses materiais é cara e constantemente não são reaproveitados. Todos esses produtos usam recursos natuirais, causam poluição na sua produçao e distribuição e também criam um lixo no seu empacotamento, promoção e exposição.

fonte: amamentação on line

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Olá!!!

Meu marido mandou pra mim um e-mail que ele recebeu hoje do portal do consumidor, com um assunto muito importante, as altas taxas de cesarianas no Brasil.

Uma materia super interessante principalmente para as mamães que estão em dúvida no tipo de parto que pretendem ter...

Segue a materia na integra:


O risco da ‘ditadura’ das cesarianas 1/2/2008

Ministério diz que grande número de bebês prematuros no País é caso de saúde pública
Pâmela Oliveira

Rio - O elevado número de cesarianas realizadas no Brasil tem causado um grave problema de saúde pública: muitos bebês prematuros em razão da antecipação do parto. A conclusão é do Ministério da Saúde, que estuda estratégias para a redução das intervenções cirúrgicas. Em 2005, 43% dos bebês brasileiros nasceram de partos cesarianos, o que colocou o País como líder neste tipo de parto. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a taxa de cesarianas considerada normal é até 15%. "A maior dificuldade é convencer as pessoas de que estamos com um sério problema de saúde pública. A cesariana com data marcada com base na ultra-sonografia erra a idade do bebê em mais ou menos duas semanas. E o nascimento precoce não é indicado. Já no parto normal, a criança nasce na hora em que tem que nascer. A cesariana só deve ser indicada quando ela for realmente necessária", afirma a médica Daphne Rattner, técnica do ministério na área da saúde da mulher. De acordo com o governo federal, a cesariana desnecessária está associada, no caso das mulheres, a lesões acidentais, reações à anestesia, infecções e hemorragias. Além do maior desconforto e da recuperação mais lenta e dolorosa. "As cesáreas eletivas ainda interferem na amamentação e no estabelecimento do vínculo afetivo do bebê com a mãe", explica Daphne. "As faculdades de medicina pararam de ensinar partos normais. A visão da obstetrícia passada hoje é cirúrgica. Tem hospital de faculdade em que o aluno não vê, não participa de parto normal", afirma a médica.O maior problema está na rede particular. Segundo o ministério, se forem considerados apenas os partos realizados no Sistema Único de Saúde (SUS), a taxa de cesarianas em 2005 cai para 28,6%. Segundo pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que avaliou o prontuário de 437 grávidas em duas unidades particulares no Rio, 91,8% das indicações de cesáreas foram inadequadas. O trabalho revelou ainda que apenas 8% das mulheres submetidas a cirurgias haviam entrado em trabalho de parto. "Com a banalização da cesariana, as mulheres não estranham mais que os médicos indiquem tantas cirurgias e acabam abrindo mão de seu desejo inicial por um parto normal”, afirma a epidemiologista Silvana Nogueira da Gama, da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp) da Fiocruz, que participou do trabalho.

MEDO DE SENTIR MUITAS DORES EM PARTO NORMAL

Grávida de quatro meses, a estudante Suellen de Castro Vieira, 24 anos, ainda não decidiu entre parto normal ou cesariana. Ela admite ter medo de sentir dor em um parto normal. A estudante conta que seu médico já falou que a cesariana é melhor para o bebê. "Acho que os médicos preferem cesariana porque é mais cômodo para eles. O médico não quer correr o risco de ter que sair de casa de madrugada porque a bolsa da paciente estourou. Tudo pode ser planejado", disse Suellen, acrescentando que seu médico foi taxativo. "Ele disse que seria cesariana. Mas ainda vou resolver".

A epidemiologista Silvana Nogueira da Gama, da Fiocruz, lembra que muitas pacientes erram ao pensar no que é um bom parto. “Existe uma crença de que a qualidade do atendimento obstétrico está ligada à tecnologia usada no parto operatório”, explicou a médica.

Fonte: O Dia


Infelizmente as mães estão deixando o seu desejo de lado na hora de parir e seguindo o desejo do médico... deixando o médico decidir por ela.

Para o médico do SUS é mais fácil deixar a natureza seguir o seu percurso, mesmo com as intervenções eles optam por um parto normal, geralmente fazem plantões e não tem pressa de que o bebê nasça... em rede publica a cesaria é melhor indicada do que na rede particular.

Já para as mães com convenio essa realidade é bem diferente, é provavel que o médico arrume logo uma desculpa e marque a cesárea para um certo dia da semana que ele trabalha naquele hospital... assim já marca várias cesareas para o mesmo dia... e claro economiza o seu tempo. Para o médico de convenio é interessante a cesareana, pois em 40 minutos ele a realiza, já um parto normal pode demorar até 12 horas... infelizmente nessa hora o dinheiro fala mais alto e para o médico "compensa" fazer 12 cesareas em 12 horas do que aguardar um parto normal.

Outro dia dei uma passada na Santa Casa de Itatiba e por curiosidade perguntei quando tinha acontecido o ultimo parto normal pelo convenio... sabe o que as moças me responderam? Nossa, nem me lembro... geralmente é cesarea pelo convenio... Lamentavel.

Fiz a mesma pergunta no Hospital Sirio Libanes, e tive a mesma resposta... a sala de pré parto no Sirio não está nem em condições de uso... só tem uma cama (imagina porque??) e a enfermeira disse que ninguem usa... que todos os partos de lá são cesareas...

Mulheres que desejam o parto normal, façam valer a sua vontate! Não permita que o médico marque a cesarea antes que você entre em trabalho de parto! Dê uma chance para a natureza agir! Bom Parto!!

Beijos e até breve!

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Parteira moderna humaniza nascimento

por Fabiano Ormaneze / Agência Anhangüera

O estetoscópio de Pinard - instrumento de madeira criado há mais de 130 anos para ouvir o coração do bebê no ventre da mãe - resiste ao tempo na casa da enfermeira Maria Clara Amaral. Mesmo já sem utilizá-lo, ele se tornou um símbolo do conhecimento antigo, aprimorado com tempo e estudo, com o objetivo de manter a força feminina. Com mais de 30 anos de profissão, o trabalho dessa enfermeira é marcado pela luta por partos mais humanizados e o retorno à época em que se nascia em casa, com a presença de uma parteira e de algumas outras mulheres que já haviam passado pela experiência de parir.

Maria Clara é obstetriz, uma espécie de "parteira da atualidade". Com curso superior em enfermagem e habilitação em obstetrícia, profissionais como ela se dedicam à tarefa de afastar dos hospitais as mulheres em trabalho de parto, oferecer conforto, amenizar a dor e possibilitar que a chegada de uma nova vida ao mundo seja uma experiência da qual a mulher é a protagonista. "Uma cesariana não tem a mesma força que arrepia a gente. É um ato em que a mulher não sente, se torna passiva diante da ação de um médico. Gravidez não é doença para ser assunto de hospital", defende. Mãe de dois filhos, Maria Clara ajuda a promover uma experiência pela qual não pôde passar: suas gestações foram de risco, motivo que a obrigou à cesárea.

Depois de uma carreira em que realizou uma série de partos domiciliares, Maria Clara se dedica à formação de novos profissionais. Ela é professora no curso de enfermagem na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Na defesa do parto em casa, a obstetriz também ajuda a diminuir um dos índices mais alarmantes da saúde no Brasil: a quantidade de cesáreas realizadas todos os anos representa 90% do número total de partos feitos no País, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) indica como ideal entre 15% e 20%. Sem o interesse de substituir o médico e com a consciência de que, em casos com complicações, a única saída é apelar para o bisturi, a obstetriz acompanha os exames feitos pelos médicos e a gravidez desde o início. "A verdadeira preparação para o parto deve mostrar à mulher que ela é capaz e afastar dela o medo da dor e do sofrimento, causa de tanta gente não viver a experiência de dar à luz naturalmente.

Experiência

A médica neonatologista Ana Paula Caldas Machado tem três filhos. Na primeira gestação, há sete anos, ela tentou ter um parto natural num hospital, mas teve complicações e foi preciso recorrer à cesárea. "Me senti frustrada e resolvi pesquisar outras formas de entender o parto. De início, achei que essa história de ter filhos em casa era maluquice, mas resolvi tentar. Geralmente, os médicos têm pressa e induzem à cesárea, alegando riscos e desculpas como pouco líquido, bacia pequena, falta de dilatação. Hoje, sei que não existe mulher que não dilata, há falta de paciência", enfatiza. Ao engravidar pela segunda vez, Ana Paula contratou uma obstetriz de São Paulo, Vilma Nischi, para ser a responsável por ajudá-la a trazer ao mundo a garotinha Lis, hoje com 3 anos.

"Quando submetida à cesárea, a mulher fica completamente dissociada do que está acontecendo. Você não sente nada. No parto natural, principalmente se for em casa, a mãe é a dona da situação. Quando ela consegue transpor o limite da dor, se sente poderosa e realizada como mulher." Se estivesse num hospital, Ana Paula tem a certeza de que os médicos teriam optado pela cesariana. Foram quase 30 horas de trabalho de parto, sempre com Vilma ao seu lado. Para amenizar a dor, entraram as estratégias das obstetrizes e das doulas, acompanhantes das parturientes (palavra que substitui a tradicional "paciente", usada por boa parte dos médicos).

"A mulher muda de posição, toma banhos, recebe massagens. Nossa função é respeitar a intimidade e monitorar se ela ou o bebê correm algum risco e, se for o caso, correr para o hospital", explica Vilma, que já realizou 128 partos domiciliares desde 2002, a maioria em mulheres com curso superior e de classe média-alta. Paulistana, ela atua na Capital, em Campinas e em Sorocaba. O custo desse tipo de parto fica em torno de R$ 3 mil, valor próximo ao cobrado por médicos para uma cesárea, sem as despesas de hospital.

Há dois meses, quando Raul, seu terceiro filho, nasceu, Ana Paula repetiu a experiência e estava com o bebê nos braços depois de três horas. "O pós-operatório da cesárea também é muito pior. A mulher precisa cuidar da cirurgia e do recém-nascido.

Dor

Na Holanda, campeã dos partos domiciliares, 35% dos bebês nascem em casa e a taxa de cesárea é menor que 10%. Por lá, também proliferam os cursos de preparação para o parto natural, que têm o objetivo de mostrar à mulher que este é um processo mais doloroso, mas compensador. "Nos hospitais, a mãe não está num lugar propício para um momento tão íntimo. Há uma profusão de luzes, corre-corre, ela fica ao lado de outras mulheres que não conhece. Médicos e enfermeiros a estimulam a fazer força, sem respeitar o tempo e o desejo", ressalta Maria Clara, que também defende o uso mais racional da anestesia peridural. "Mais do que tirar a dor, é uma forma de roubar da mulher a experiência completa de virar mãe. Ela faz força simplesmente porque lhe pedem, sem sentir nada.

Como mãe e médica, Ana Paula também ressalta que, para o bebê, há muito mais vantagens num parto natural. "A passagem pela vagina faz com que o recém-nascido se comprima e isso retira toda a secreção que existir no pulmão. O risco de infecções também é mínimo. Na cesárea, além de não escolher em que hora vai nascer, a criança tem 30 segundos para se adaptar ao novo jeito de respirar fora do útero.

Antes de dar à luz em casa, Maria Clara explica que é necessário uma avaliação das condições da mulher e do bebê. "Se a parturiente já tiver feito duas cesáreas, o parto natural não é indicado, pois o útero está mais frágil e pode romper com a força que ela fará. O tamanho do bebê e da bacia da mãe também precisam ser verificados, assim como a possibilidade de um encaminhamento imediato para um hospital no caso de complicações.

Doula ajuda as mulheres a superarem dor e dúvida

Uma mulher para servir. Esse é o significado original, no grego, para a palavra doula, profissão da uruguaia Lucía Caldeyro, há 35 anos no Brasil. Ela é como as antigas acompanhantes das mulheres que tinham os filhos em casa no tempo das parteiras sem formação universitária. No vocabulário dessas novas profissionais, servir é o mesmo que orientar o casal sobre o que esperar do parto, ajudar a mulher a encontrar a melhor posição para dar à luz e sugerir estratégias naturais, como banhos, massagens e relaxamentos que aliviem a dor. A função surgiu nos Estados Unidos, depois de uma pesquisa na década de 70 que provou que partos com acompanhantes eram mais rápidos e fáceis.

Com 26 anos de profissão, Lucía começou como voluntária no Centro de Apoio à Saúde Integral da Mulher (Caism), da Unicamp, num grupo de parto alternativo. "O trabalho da doula começa junto com a gravidez. Mesmo depois que o bebê nasce, ela visita a família, transmite informações sobre amamentação e tira dúvidas da mãe, principalmente daquelas que têm o primeiro filho.

Entre os instrumentos que ela leva aos partos que acompanha, estão bolas utilizadas por fisioterapeutas e bambolês. "O parto é algo natural como a digestão. Por isso, ninguém precisa ensiná-lo à mulher. Mas há fatores que atrapalham. Nossa função é auxiliá-la a ter um parto tranqüilo e seguro." Na América do Norte, já existem cerca de 12 mil doulas. No Brasil, não há estimativas do número dessas profissionais.

Lucía teve quatro filhos, todos naturalmente. No último, ficou apenas 15 minutos com contrações. "Resolvi ser doula para ajudar mulheres a ter experiências tão boas como as minhas, desde a primeira gestação." O alívio da dor, conseguido por meio de mudança de posição, tem uma justificativa na anatomia. Segundo a obstetriz Maria Clara Amaral, na posição ginecológica, em que a maioria dos partos é feita, a mulher sente maior desconforto porque uma veia chamada cava, localizada entre o útero e a coluna, é comprimida pelo peso do bebê. "Além disso, a mulher se sente muito vulnerável nesse posição. Ela deve escolher como quer ter o filho."

http://www.cosmo.com.br/cidades/campinas/integra.asp?id=215924

Ótima materia!!

Aproveitando tenho que falar que Lucía é uma pessoa fantastica!! Aprendi com ela tudo que sei. Obrigada Lucía!! Parabéns!!

Até a proxima! E um lindo 2008 pra todos!

Pensando nos papais....

O parto não é só um marco na vida da mãe e do bebê, tb é um marco na vida do pai... Se o pai estiver junto com a mãe neste momento seria per...